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5 ações práticas para reduzir a desigualdade no Brasil

Uma das notícias mais comentadas da semana aqui no Brasil foi sobre os bilionários brasileiros, que ficaram ainda mais ricos durante a pandemia pelo novo coronavírus. De acordo com a ONG Oxfam, 42 bilionários aumentaram as fortunas em US$ 34 bilhões. De dólares. Diante desses fatos, pensamos o que poderia ser feito para reduzir a desigualdade social no Brasil…

Afinal, do outro lado desses bilhões de moedas, está a cara da vítima-padrão da Covid-19: homem, pobre e negro. O país ultrapassa a marca de 90 mil mortes e a maioria delas têm a cor, a idade e a falta de oportunidades em comum, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Então, confira a seguir as sugestões da Raízes de ações práticas, que podemos começar hoje mesmo (se já não começamos).

 

1 – Estar sempre informade

Num primeiro momento esta ação pode até parecer clichê, rasa ou até mesmo indiferente, ainda mais colocá-la como a primeira da lista. Mas na verdade não é. Sabemos que o conhecimento é o que mais incomoda a quem quer nos manipular com dados distorcidos, estudos falsos, fakenews, por exemplo.  Por isso, faz diferença que todo mundo esteja informado sobre os fatos, especialmente no nosso país, pois são eles que fazem parte da nossa realidade. E só somos capazes de melhorar ou mudar uma realidade se tivermos conhecimento dela, incluindo o que poderia ser feito para reduzir a desigualdade social no Brasil.

 

2 – Comprar do pequeno, das lojas do bairro, de mulheres

Em algum momento ou todos os dias, dependendo da realidade de cada um, somos consumidores. Escolhemos o que e onde comprar nossos alimentos; de onde vêm e o que vamos vestir; quais são os produtos essenciais para a nossa higiene, etc. E como consumidores temos muito poder. Assim, diante dessas escolhas diárias, que tal contribuir para que os pequenos negócios se fortaleçam e a economia seja descentralizada das mãos de poucos?

 

3 – Pressionar as políticas públicas (reforçando nosso papel como cidadãos)

Estar a par das propostas políticas e acompanhar os candidatos às eleições faz parte do nosso papel como cidadãos. E tem entrado bastante em debate o tema de taxar as grandes fortunas no Brasil e no mundo. No último mês, milionários de todo o planeta se uniram para assinar um manifesto pedindo a taxação de grandes fortunas para auxiliar no combate à pandemia da Covid-19. Foram 83 donos de grandes fortunas, nenhum deles brasileiro.

Mas segundo O Estado de Minas, o tema está em propostas no Congresso como em nenhum outro momento da história, desde 1988, quando a Constituição foi promulgada.

 

4 – Repensar o capitalismo

Há três anos, nessa mesma época, publicamos um artigo que diz que “o capitalismo não deu certo. Ainda dá tempo de pensar um plano B?”. E sim, como um negócio social, acreditamos que deva haver alternativa mesmo para o capitalismo. Se a desigualdade for mesmo da natureza humana, acreditamos que ela possa ser menos nociva. Não nos parece certo, nem saudável e muito menos sustentável manter as coisas do jeito que estão, uns acumulando bilhões por dia, outros com nada. Literalmente nada.

Assim, como cidadãos, consumidores, profissionais, precisamos repensar o capitalismo.

 

5 – Apostar/investir mais em negócios sociais

Este tópico é mais voltado para o âmbito profissional, que pode servir tanto para investidores de impacto quanto para empreendedores. Que tal levar para a sua corporação mais pautas ligadas à igualdade social, apoiar projetos de equidade de gênero, levar em conta as questões ambientais?

Que tal, se for abrir um negócio, olhar para as necessidades da sociedade ao redor, buscar uma oportunidade no que não está sendo feito? Que tal enxergar a “concorrência” como parceria de caminhada para o fortalecimento em rede? Que tal ter atitudes mais colaborativas do que competitivas e colocar o bem coletivo a frente dos interesses individuais?

Essas são as nossas reflexões de hoje com o que poderia ser feito para reduzir a desigualdade social no Brasil. Aceita o convite?

 

 

Foto: Reprodução/Glauco Araújo – G1