
Basta fazer uma pesquisa rápida no Google para descobrir que o empoderamento feminino tem mudado e muito a realidade, não só do nosso país, como também do mundo. Na prática, o crescimento positivo em vários fatores, como o lucro empresarial, tem sido constante há alguns anos. Mesmo assim, nunca se falou tanto sobre o feminismo quanto agora. E, como sabemos, quanto mais um assunto é falado, mais gera engajamento e ganha ainda mais força.
Por isso, para quem ainda considera o Dia Internacional da Mulher como uma “comemoração” cabe olhar sob uma nova perspectiva de que é também um fato histórico e contemporâneo. Um estudo recente realizado pela consultoria McKinsey and Co. em 12 países mostra que empresas com maior diversidade de gênero são mais lucrativas. A mesma pesquisa apontou que ter mulheres em cargos de liderança aumenta em 21% a chance de uma empresa ter desempenho financeiro acima da média.
E por que as mulheres são ótimas líderes?
Com esses dados tão positivos, a neurocientista Tara Swart recomenda que as empresas promovam mais mulheres aos cargos de liderança, como CEO. Segundo a profissional, elas demonstram mais empatia, intuição e criatividade do que os líderes masculinos; são mais propensas a entender o que se passa com os colaboradores e não costumam ser impulsivas ao tomar decisões.

Você deve estar questionando, “e quem mais diz isso?” Há uma pesquisa – realizada pelo Hay Group, divisão da consultoria Korn Ferry – apontando que as mulheres são mais bem avaliadas do que gestores homens em quase todas as competências que formam o conceito de inteligência emocional. São eles: autoconhecimento, empatia, gestão de conflitos, adaptabilidade e orientação para resultados. E, para chegar a este resultado, foram entrevistados 55 mil profissionais entre 2011 e 2015, de mais de 90 países, e diferentes níveis de gestão.
Em casa, elas também são chefes. O número de lares brasileiros encabeçados por mulheres saltou de 23% para 40% entre 1995 e 2015. A sondagem foi feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para o estudo “o Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça”, com base nos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. A tendência é que esses números tenham crescido ainda mais, já que a pesquisa não abrange os anos de 2016 e 2017.
Mas, infelizmente, o estudo “mostra uma hierarquia [do mercado de trabalho] estanque, na qual o topo é ocupado pelos homens brancos e a base pelas mulheres negras”, diz o Ipea. Ainda bem que “estamos em um momento em que o feminismo se tornou a grande força de enfrentamento não só do machismo, mas que leva adiante a luta anti-racista e pelos direitos das mais diversas minorias políticas”, afirmou a filósofa Marcia Tiburi – autora do livro recém-lançado “Feminismo em Comum” (Rosa dos Tempos) – em entrevista à IstoÉ.
O assunto foi capa da publicação na semana passada. “Nunca fomos tão fortes”, diz em letras garrafais.
Aonde queremos chegar
Agora, voltemos ao título: investir em mulher muda a realidade do território. Se mulheres são ótimas profissionais, líderes e trazem, inclusive, mais lucro às empresas, por que não dialogar com elas diariamente? Pois bem. É nisso que nós aqui da Raízes acreditamos. E podemos provar em números e projetos que elas fazem a diferença por onde passam, pisam, atuam.
Podemos citar Glorinha, Marcilene, Deuzani, Lia, Petinha, Tetê, Preta, Terezinha, Conceição, Poliana, Dôra… São mulheres que, de Norte a Sul do país deixam seu legado. E que, por meio de projetos sociais patrocinados ou apoiados por empresas, fundações e instituições, puderam ver acontecer a transformação do impacto positivo. Tornaram-se chefes de família, líderes de comunidade, tendo a chance de mudar a estatística do país – já que, em sua maioria, essas mulheres estão dentro do perfil citado ali em cima… a base da pirâmide. Muitas negras, à margem da sociedade, na periferia.
Isso nos lembra que em breve cairemos na estrada com a 2ª edição do Dona do Meu Fluxo. O projeto em parceria com a Korui distribuiu centenas de coletores menstruais para mulheres de comunidades mineiras mais vulneráveis. Nossa equipe percorreu mais de 3mil km em 11 dias.
Para esse ano, a meta é levar esse diálogo até a Amazônia. Estamos em busca de patrocinadores e apoiadores que tenham compreendido a força do empoderamento feminino e o poder de transformação que isso tem causado na atualidade. É preciso mais do que olhar adiante, ver o que está acima do nosso nariz.
E se você ainda não se convenceu…
Porque a luta não pode parar
 Poderia ser só mais um dado positivo, mas não. 12 mulheres são assassinadas todos os dias no Brasil. 12. O G1 soltou hoje um levantamento que aponta 4.473 homicídios dolosos de mulheres em 2017 (um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior) no país. Deste total, 946 feminicídios. O que isso quer dizer? Casos de mulheres mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero.
Poderia ser só mais um dado positivo, mas não. 12 mulheres são assassinadas todos os dias no Brasil. 12. O G1 soltou hoje um levantamento que aponta 4.473 homicídios dolosos de mulheres em 2017 (um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior) no país. Deste total, 946 feminicídios. O que isso quer dizer? Casos de mulheres mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero.
O que mais precisa ser dito?
Fontes:
http://www.bbc.com/portuguese/geral-41473243
https://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2017/12/mulheres-lideram-com-empatia.html
http://www.valor.com.br/carreira/4470584/mulheres-tem-mais-inteligencia-emocional
 
          