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Turismo em comunidades da América Latina: o que temos a aprender e ensinar?

“A resistência nos move. Essa inconformidade nos move. Que soluções conseguimos realizar, independente de alguém fazer por nós? 

Essa indagação foi feita por Jussara Rocha, nossa sócia e consultora, na última terça-feira, dia 03 de abril, durante um bate-papo na WTM Latin America, que está acontecendo em São Paulo. Nessa roda de conversa em especial, ela estava ao lado de Mariana Madureira, sócia-diretora também da Raízes, Daniela Marcondes, Consultora em Planejamento de Turismo em Áreas Protegidas e Comunidades Tradicionais, Camila Barra, Antropóloga do Instituto Socioambiental (ISA), Claudia Carmello, jornalista especializada em turismo e viagens e fundadora da plataforma de crowdfunding Garupa, e Gustavo Pinto, Fundador da Inverted America. 

Juntos, eles mobilizaram dezenas de pessoas em meio ao salão do Expo Center Norte para falar sobre Turismo e Comunidades Locais na América Latina, suas práticas, mobilizações e avanços nos últimos anos. Cada um trouxe um pouco da experiência de cada um, como Daniela, à frente de um projeto lindo no Parque Estadual de Ilhabela e com a Associação Castelhanos Vive. Claudia e Camila, por sua vez, falaram de turismo comunitário em terras indígenas na Amazônia. 

Jussara, comentou da força das Redes e falou um pouco do trabalho com a Turisol, que está expandida e renovada. “É a demonstração de quanto o Brasil avançou muito em iniciativas. Temos o desafio de fazer acontecer, ações concretas no sentido de articular bem. Mas esse Brasil, se não fizermos juntos, não faremos de jeito nenhum. A diferença (entre as pessoas, destinos) é a beleza nisso tudo. E precisamos trabalhar a comunicação nisso tudo. Um trabalho com os receptivos e também com os turistas, consumidores. Saber quem está oferecendo um turismo responsável, genuíno e autêntico. E continuar a articulação dessa grande rede”disse, referindo-se ao poder e força das articulações em prol do Turismo Comunitário. 

Gustavo e Mariana lembraram ainda de dois eventos relativamente recentes e muito importantes para o tema. Um deles foi na Colômbia em março do ano passado, 1º Encontro Latinoamericano de Turismo Comunitário [que inclusive rendeu o nosso primeiro Cafezim internacional. Confira]. O outro foi no último mês, o Fórum Social Mundial, no qual foi possível realizar o II Fórum Global sobre Turismo Sustentável sob liderança da ONG Projeto bagagem. O encontro reativou a Rede Turisol e há um grande grupo em diálogo e construção de sinergias.

São essas mobilizações e movimentações constantes que dão cada vez mais forças para o Turismo Comunitário. São elas que permitem a troca, o que podemos absorver de outros países, destinos e culturas, e devolver com o que temos a ensinar. Cada vez mais, os viajantes e turistas buscam vivenciar culturas locais, e experiências autênticas de culturas locais. 

Assim, quais são as melhores maneiras de trabalhar com as comunidades com o objetivo de oferecer experiências memoráveis e de alta qualidade aos turistas, de modo que eles prolonguem sua estadia? Continuamos em busca dessas respostas, fortalecendo o diálogo para que esses relacionamentos comerciais atuem tanto em benefício tanto da indústria formal quanto da gente local, promovendo o desenvolvimento sustentável. 

Com tantas histórias, casos e trocas, enxergamos um futuro em que ele se perpetue cada dia mais pelo Brasil e pelo mundo!