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O turismo de luxo no Brasil é sustentável?

Foi a essa provocação sobre a sustentabilidade do turismo de luxo no Brasil que buscou refletir o encontro “Sustentabilidade, um rito da Hospitalidade”, uma imersão de três dias para debater sobre os desafios e oportunidades para um turismo mais regenerativo e responsável. A Raízes, representada pela nossa diretora, Mariana Madureira, participou da troca de ideias a convite da Brazilian Luxury Travel Association (BLTA), que desde a fundação em 2008 reúne os considerados melhores hotéis e operadores de turismo do Brasil.

O evento aconteceu no Ibiti Projeto, iniciativa socioambiental experimental focado nos seres vivos e no planeta, no espaço que fica na Fazenda do Engenho, em Conceição do Ibitipoca, Minas Gerais. Foram momentos de aprendizado, experiências e ferramentas para ações de uma agenda que contemplou aspectos do Meio Ambiente, Social e Governança (ESG, do inglês Environmental, Social and Governance). O lugar, surpreendente e inspirador, contribuiu para o engajamento e fortalecimento do grupo para ações de interesse coletivo.

Um pouco da discussão sobre sustentabilidade e da vivência imersiva

“Gostei do convite para falar sobre ESG para os associados da BLTA. Entendo ESG hoje como uma grande isca. O mercado de investimentos tem se pautado em ESG e isso faz com que muitas empresas que deixavam a sustentabilidade só no discurso, precisem rever suas práticas. Dentre os associados da BLTA temos empresas com ações socioambientais consistentes e exemplares, mas a provocação fica para os grandes que ainda estão fazendo só o que a legislação exige: como ir além?

A reflexão da sustentabilidade do turismo de luxo no Brasil partiu de uma provocação da Simone Scorsato, CEO da BLTA, e do Roberto Klabin, Presidente do Conselho da associação e  sócio da Caiman (Pantanal), que foi o primeiro Diretor de Sustentabilidade do grupo e criou esse departamento dentro da associação há alguns anos. Isso começou ali com ações de doação: colocaram uma taxa extra na mensalidade dos associados para, então, fazerem a doação desses valores para organizações externas. Mas agora a associação tem a ambição de fazer ações mais robustas e internalizadas.

E é a partir desse olhar que eles estão começando movimentos. Já em 2020, durante a reclusão devido à pandemia da Covid-19, a Raízes foi convidada para participar de um workshop com os associados para falar um pouco sobre os desafios de mensuração de impacto e sustentabilidade. Desta vez, fomos convidadas em um momento em que esse assunto está sendo retomado – uma vez que o turismo retomou com força total ou até maior do que antes, como evidenciou dados recentes do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro trazidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, relata Mariana.

Como resultado das trocas e reflexões sobre a sustentabilidade do turismo de luxo no Brasil, o grupo decidiu criar um comitê para impulsionar o debate e a implementação de ações ESG entre os associados. Os participantes concluíram que há muito por fazer – e essa constatação já é um primeiro grande passo.

Fica aqui o nosso registro e agradecimento pelo convite. Sigamos juntes em prol do turismo responsável!