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ESG: por que nunca foi tão atrativo para as empresas investir quanto agora?

Sustentabilidade, impacto social e governança são as premissas da Raízes desde a sua criação, ainda mais fortalecidas desde que nos tornamos um negócio social. E agora, em 2021, uma das principais tendências apontadas pelo mercado global é a ESG: Environmental, Social and Governance, ou seja, Ambiental, Social e Governança (ASG, em português).

Caso você não esteja familiarizada ou familiarizado com o termo, ele foi criado como uma métrica para avaliar o desempenho das organizações com relação a esses ativos que vão além do aspecto financeiro. E como mensurar esses impactos? Pelos ratings (classificação de risco) e pesquisas: formas de medir o quão aderente uma empresa é às boas práticas ESG. Assim, é possível obter dados analíticos, comparativos e traçar estratégias para o futuro.

 

Iniciativas práticas de ESG

Ambiental (Environmental, o “E” da sigla): é, por exemplo, se preocupar com o descarte correto dos resíduos; com a sustentabilidade dos recursos naturais consumidos para determinada produção; é fazer a gestão da emissão de gases; é investir em negócios e mostrar apoio a iniciativas públicas que se preocupem com essas frentes – bem como mostrar discordância a frentes que remam contra esses princípios.

Social (Social, o “S” da sigla): é se preocupar com a diversidade dentro da empresa, com seus impactos sobre a sociedade e analisar todos os stakeholders (falamos aqui um pouco sobre a diferença entre stakeholder e shareholder, os acionistas). Pode ser praticar a escuta ativa e investir em projetos sociais que tragam impactos positivos a longo prazo, alinhados com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2030 propostos pela ONU, por exemplo. [Já baixou o nosso eBook – O Mundo Daqui a 10 Anos: reflexões e estudo de casos da Raízes sobre a aplicação prática dos ODS e da Agenda 2020  – sobre o tema?]

Governança (Governance, o “G” da sigla): um conjunto de ações que definem as responsabilidades e ajudam a desenhar os processos para tomadas de decisão. A governança pode (e deve) estar em tudo: práticas e políticas controladas, ética e ações anticorrupção, diversidade nos conselhos etc.

Desta maneira, essa tendência suporta o desenvolvimento de negócios melhores para o mundo, já que investidores têm considerado todos esses aspectos.

 

Temas fundamentais para a criação de valor de forma duradoura

Uma carta publicada recentemente por Larry Fink, CEO da Black Rock, com mais de US$ 102 bilhões de dólares investidos na América Latina, causou grande repercussão. Ele direciona o texto a CEOs de todo mundo e enfatiza temas que são fundamentais para a criação de valor de forma duradoura, como gestão de capital, estratégias de longo prazo, propósito e mudanças climáticas.

Em um dos trechos, diz: “Há muito, acreditamos que nossos clientes, na qualidade de acionistas de sua empresa, serão beneficiados se vocês conseguirem criar valor duradouro e sustentável para todos os seus stakeholders”.

Sobre o momento atual, ele destaca que “as consequências da pandemia têm sido altamente desiguais. Ela despertou a mais severa contração econômica global desde a Grande Depressão e a maior queda dos mercados de ações desde 1987. Enquanto alguns setores, particularmente aqueles que dependem da interação física entre pessoas, sofreram, outros têm conseguido florescer. E embora a recuperação do mercado de ações venha a calhar para o crescimento, enquanto a pandemia diminui seu impacto, o cenário atual continua sendo de devastação econômica, com desemprego significativamente elevado, pequenas empresas fechando diariamente e famílias ao redor do mundo sofrendo para pagar o aluguel e comprar comida”. Confira na íntegra.

 

Mais do que nunca os dados e as divulgações importam

Larry Fink sugere que que as empresas publiquem relatórios em linha com as recomendações da Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (Task Force on Climate-related Financial Disclosures, TCFD) e o Conselho de Padrões Contábeis de Sustentabilidade (Sustainability Accounting Standards Board, SASB) para gerar um padrão global. Afirma ainda que a sustentabilidade e as conexões mais profundas com os stakeholders geram melhores retornos.

“Está claro que estar conectada com os stakeholders – estabelecendo uma relação de confiança com eles e agindo com propósito – permite à empresa entender e responder às mudanças que estão acontecendo no mundo. Empresas ignoram seus stakeholders por sua própria conta e risco – aquelas que não forem merecedoras desta confiança terão mais e mais dificuldades para atrair consumidores e talentos, especialmente na medida em que os jovens cada vez mais esperam que empresas espelhem e compartilhem de seus valores. Quanto mais a sua empresa puder demonstrar seu propósito em entregar valor aos seus clientes, seus colaboradores e suas comunidades, melhor será sua capacidade de competir e entregar lucros duradouros, de longo prazo, para os acionistas”, compartilha.

 

Qual a relação da Raízes com ESG?

Cocriamos soluções para problemas diversos usando a sustentabilidade como premissa, compreendo-a como uma necessidade e uma busca incessante. Acreditamos no desenvolvimento de forma sistêmica, isto é, complexa e interconectada. Focamos nas pessoas (human centered design) e nas necessidades dos indivíduos em diferentes culturas e circunstâncias.

A Raízes acredita que soluções coletivas são mais resilientes que as individuais e, por isso, já apoiamos a criação de dezenas de negócios coletivos ou conectados em rede. Uma governança eficaz é fundamental para o equilíbrio e sustentação dessas parcerias.

Em 15 anos de atuação, atingimos mais 220 mil pessoas diretamente e mais de 3,3 milhões indiretamente. Uma das nossas principais premissas é empoderar pessoas, sobretudo mulheres e comunidades tradicionais. Por isso o social está no centro do nosso trabalho.

Tudo o que realizamos cria mais resultados indiretos e não-mensuráveis do que calculáveis. Por isso, a gente ama os resultados qualitativos e os indicadores “fora da caixa”, como esses vídeos publicados no nosso canal no Youtube, que falam sobre os projetos pela voz dos beneficiários e dos gestores. Confira e depois nos conte o que achou!