A Raízes trabalha com a Teoria da Mudança. E, para nós, é muito importante falar sobre o desafio de mensurar o intangível, aquilo que acontece no lugar do imediato. Essas transformações podem ser medidas em “entrega” e “resultado” – também conhecidas como outputs e outcomes. No caso dos projetos sociais que implementamos, esses aspectos podem ser vistos e reconhecidos anos depois nas comunidades as quais ficou um legado de transformação.
Segundo a Teoria de Mudança, os outputs são aquelas entregas previstas no projeto. São oficinas facilitadas, pessoas engajadas, materiais distribuídos, eventos realizados, entre outras possibilidades. Os outcomes, por sua vez, são resultados somente percebidos no dia a dia dessas pessoas e que, muitas vezes, podem ser notados a médio e longo prazo. Por conta disso a mensuração de resultados é fundamental, bem como monitorar e/ou revisitar os territórios quando possível.
Para além dos outputs: outcomes na prática
Um desses resultados foi ilustrado recentemente em um artigo assinado pela ex-sócia e cofundadora da Raízes, Marianne Costa, para a Folha de São Paulo. No texto, ela conta sobre a sua percepção sobre o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, dez anos depois do início do nosso projeto de transformação social e geração de renda.
“Empreendedoras e criativas, as artesãs tomaram para si mais possibilidades de atividades e seguem recebendo diretamente os visitantes. As oficinas, hospedagem e refeições passaram a fazer parte dos serviços oferecidos tanto pelas famílias como pelas associações.
Inúmeros grupos, visitantes independentes, passaram a hospedar os lojistas. Com isso, o artesanato foi ganhando força e valorização. Melhoraram os preços das peças, captaram recursos, ampliaram as lojas, negociaram encomendas com grandes varejistas.
Aquele estigma de que o Vale do Jequitinhonha era um bom lugar para atravessadores comprarem barato, em função da extrema necessidade de quem vende, vai sendo deixado para trás. Hoje elas têm bom acesso às internet, perfis nas redes sociais e negociam individual e coletivamente suas peças”, diz um dos trechos. Leia na íntegra aqui.
Do Barro à Arte
O projeto nasceu como uma evolução natural do projeto de geração de renda com artesanato no Vale do Jequitinhonha. Com o intuito de gerar renda e autonomia, criamos um projeto de turismo de base comunitária.
Nos últimos dez anos, o roteiro foi operado e promovido primeiro pelo Raízes e depois pela Vivejar, agência operadora especializada em experiências turísticas responsáveis no Brasil, fundada pela Marianne.
As entregas são importantes, mas são os resultados que fazem nossos olhos brilharem!
Saiba mais sobre todos os projetos que desenhamos e implementamos aqui na Raízes!
FOTO: André Dib