Monitoramento de projetos e criação de indicadores qualitativos

A Raízes acredita em projetos com o propósito da teoria da mudança – que significa entender qual a finalidade daquela iniciativa para transformar a realidade dos beneficiários em questão. Para isso, precisamos personalizar cada projeto de acordo com um objetivo definido e respeitar a diversidade desse público.

Como boa parte dos nossos beneficiários são pessoas empreendedoras, por exemplo, buscamos olhar de forma criativa e assertiva para o desafio de acelerar esses negócios. Coletivamente, conseguimos construir essa jornada para saber exatamente aonde queremos chegar, definir as metas e indicadores para tal.

Para mapear esse monitoramento do projeto, usamos indicadores qualitativos, que consistem em uma série de perguntas que são divididas por pilares e depois por blocos. Assim, conseguimos pontuar o retrato da organização, dependendo do nível de desenvolvimento dela.  

Outro fator que influencia na criação desses indicadores qualitativos é o tamanho do projeto. Caso ele seja de longa duração, usamos marcadores durante todo o percurso para pontuar a evolução do planejamento.   

Uma das metodologias utilizadas para esse estudo é o Gráfico Radar. Ele é muito útil para analisar questões comportamentais, como uso de frases e hábitos – que vão mudando à medida que o projeto avança, e transformando a realidade dos beneficiários. 

Importante ressaltar que esse monitoramento dos projetos e dos indicadores qualitativos, nos ajudam a visualizar não somente dados, mas um panorama do impacto positivo da iniciativa na vida das pessoas beneficiadas por ele.   

Nós temos orgulho de dizer que muitas histórias se desenrolaram ao longo da nossa jornada. É visível como impactamos positivamente a vida das beneficiárias e beneficiários dos projetos que desenvolvemos, como é o caso das artesãs do projeto Bordadeiras de Ipoema. Muitas dessas mulheres conseguem reencontrar a alegria de viver, recuperar sua autoestima e fortalecer sua identidade.

“Às vezes quando perguntamos o que essas mulheres fazem, elas respondem que são ‘só’ dona de casa, ou ‘fazem artesanato’, de maneira pejorativa, muitas vezes se colocando até no diminutivo. Acabam não reconhecendo, nem nomeando sua profissão. E mais tarde, ao final do projeto, vemos essas mesmas mulheres se definindo como empreendedoras e artesãs”, conta Mariana Madureira, diretora e cofundadora da Raízes.

Agimos como uma realizadora das ações. Uma consultoria, em diferentes níveis, dependendo do que for preciso para alcançar o resultado esperado.

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