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Dores e delícias de ser… Empreendedora

Foi-se o tempo em que empreender era visto como coisa de homem. Ao menos no Brasil, o número de mulheres que resolve ter um negócio próprio é crescente. Diante de tal ascensão e para disseminar isso pelo mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou há três anos o Dia Global do Empreendedorismo Feminino, comemorado em 19 de novembro.

Mesmo assim, os desafios para a equidade no mundo dos negócios ainda são muitos. Como, por exemplo, enfrentar preconceito de alguns clientes e até fornecedores que levam as mulheres menos a sério nos negócios. Além disso, conciliar o tempo entre o trabalho e a família – especialmente lidar com a maternidade – é uma das principais citações de mulheres durante a pesquisa “Quem são elas”.

E considerando que 55% das empreendedoras brasileiras têm filhos, esse fator torna-se bastante relevante. Dentre as que são mães, 75% decidiu empreender após a maternidade. Esses e outros dados estão disponíveis no estudo feito em parceria com o Instituto Rede Mulher Empreendedora e com o patrocínio das empresas Avon, Sage e Facebook.

O tempo para cada papel

Alcilene Amancio é uma dessas mulheres empreendedoras. Ela conta que a todo tempo pensa em novas formas de empreender e criar ideias para renovar seu empreendimento. O problema é quando isso ocupa espaço em sua mente na hora de brincar com os filhos, por exemplo.

“Para mim a parte mais difícil é ter que conciliar meus horários e ter que pensar em: ser empreendedora só na hora do meu trabalho, ser dona de casa só em casa, ser mãe só na hora que estou com meus filhos e ser esposa só quando estiver com meu marido, entende? Eu não consigo separar muito bem essas situações!”, brinca ela.

É por isso que o aprendizado é constante, não é mesmo? E foi assim que Alcilene e outras mulheres cruzaram o caminho da Raízes – um negócio social também feito por mulheres. Ela participou do Sabores do Morro, um projeto de Empoderamento Feminino e Geração de Renda no qual atuamos no Morro d’Água Quente, em Minas Gerais.

Perto da grandiosidade do empoderamento de mulheres, essas questões de gestão de tempo tornam-se apenas detalhes. Alcilene mesmo diz que “a melhor parte é se sentir independente, realizada no campo profissional! Sentir que você é capaz de dirigir seu próprio mundo é muito bom. O mundo ainda é muito machista. O homem não quer ver que a mulher é independente, isso provoca um certo medo neles, que ‘precisam’ ser os melhores em tudo para se sentirem líderes. Aí entra a melhor parte de ser empreendedora: ser líder da própria vida, tão boas quanto eles – e às vezes até melhores”.

 

Esse depoimento é apenas um dos muitos com os quais lidamos todos os dias. Basta acompanhar nossos textos, postagens, nosso dia-a-dia para conhecer cada um deles. Hoje, escolhemos esse para transmitir a mensagem: sejamos resilientes! Parabéns Alcilene e parabéns a todas as mulheres empreendedoras!

Muitos passos pela igualdade já foram dados, muitos degraus conquistados e muitos outros ainda estão por vir, podem ter certeza. E Feliz Dia do Empreendedorismo Feminino.