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Por trás da Olimpíada: projetos comunitários que circulam pelas ruas da Rio 2016

A chegada dos Jogos Olímpicos no Brasil foi capaz de abafar, ainda que momentaneamente, a crise política e econômica a qual o país tem vivido. É impossível contabilizar quantas vezes a palavra “crise” foi falada, escrita, postada e principalmente vivida, mas certamente esse número caiu durante a última semana.

Por outro lado, os Jogos Rio 2016 estão aí e com eles uma grande leva de turistas estrangeiros que aproveitaram a oportunidade para realizar o sonho de conhecer o Brasil, milhares de atletas que se preparam a anos e lutam pelo sonho de pódio, voluntários e funcionários que vestiram a camisa e estão dando o que podem e não podem para fazer o evento brilhar mesmo com tantos cortes orçamentários e imprevistos.

Infraestrutura, emoção, medalhas, geração de renda, a oportunidade de conhecer atletas de todo o mundo praticamente sobre-humanos. Mas há um outro lado por trás da Olímpiada, que acontece nas ruas… E fora a violência que, infelizmente, já é motivo inclusive de piadas sobre o Rio de Janeiro, queremos falar de solidariedade, projetos e pessoas que têm atuado em prol do bem por trás das arenas olímpicas.

 

Por um turismo mais verde e humano

A campanha Passaporte Verde, por exemplo, incentiva um turismo mais responsável tanto do lado da produção (hotéis e restaurantes) quanto do lado do consumo (os turistas dos Jogos e os cariocas). Assim, os viajantes tornam o turismo uma atividade sustentável, que respeita o meio ambiente e a cultura ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento socioeconômico das comunidades receptoras. O objetivo é sensibilizá-los quanto ao seu potencial.

Exclusivamente para os Jogos Rio 2016, a Raízes é a executora dessa campanha, sendo responsável por, entre outras coisas, engajar projetos, iniciativas e empresários a pensar – e botar em prática – como ser mais sustentável. Também é ela quem estimula os turistas a conhecer roteiros autênticos (saiba o que são) no Rio de Janeiro, inclusive gratuitos e nas comunidades.

 

De 10 em 10, a mudança acontece

Alguns desses roteiros fazem parte do Favelidade: uma iniciativa inspiradora nascida da colaboração do Favela Experience com o Atados. A finalidade têm sido levar impacto social positivo para 10 favelas por meio do turismo responsável e de intercâmbio cultural.

Entre as comunidades parceiras estão a Rocinha, o Complexo do Alemão e a Babilônia. Cada uma com um propósito, como no caso da Babilônia, o projeto parceiro Favela Orgânica.   Nele, os turistas podem vivenciar uma experiência interativa na área da agricultura biológica, incluindo visitas a fazendas de favelas urbanas e uma oficina dinâmica com a chef Regina Tchelly.

 

Consciência permanente

Os Jogos Olímpicos passarão, os atletas irão embora com suas medalhas, assim como os turistas… Vida que segue! Mas no caso dessas iniciativas sociais, acontece justamente o contrário. Eles já existiam antes, se intensificaram durante esse período, mas continuam e com a previsão de ainda mais força para fazer diferente.

De nossa parte, estamos com suor e sorriso no rosto, tentando plantar uma sementinha de reflexão e escolhas saudáveis com o mote “Eu Cuido do Meu Destino”. Que a colheita seja boa e permanente!

 

Crédito da imagem: Reprodução/Favelidade