“Completo, compreensível, colaborativo, constante e de conteúdo vivo”. Essas são as características do Modelo C, segundo o Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), que desenvolveu a abordagem. A metodologia reúne duas ferramentas em uma: o Business Model Canvas e a Teoria de Mudança, que têm sido utilizadas no campo de negócios de impacto socioambiental.
Que tal entender um pouco de cada uma?
Business Model Canvas pode ser usado para desenvolver a modelagem de negócios por meio da prototipagem, que ajuda a ver a modelagem de negócios como as diferentes áreas estão interconectadas, com os diferentes stakeholders. Consideramos essa metodologia mais ágil que ferramentas mais antigas como os planos de negócios tradicionais, que incluíam pesquisas de mercado – por vezes demoradas. Isso fazia com que o negócio levasse muito tempo para começar a agir nas suas necessidades de fato.
A Teoria da Mudança é uma série de ferramentas que auxiliam no planejamento, no alinhamento de metas, sejam de curto, médio ou longo prazo, dos negócios sociais. Já falamos por aqui um pouco sobre isso, especialmente no que diz respeito à diferença entre entrega e resultado – também conhecidas como outputs e outcomes.
O modelo C, por sua vez, leva em consideração as duas esferas dos negócios de impacto socioambiental positivo: impacto e retorno. O site do ICE tem um guia completo de como utilizar o que eles chamam de Change Model. Sugerimos fazer o download aqui!
Da teoria à prática
O quadro acima mostra a estrutura do Modelo C.
“Acho que o Modelo C é de suma importância. Pelo diferencial do tradicional, visto que este modelo propõe a eficácia do compromisso com a terra (e tudo que dela sai) de modo documental, que pode ser visto, percebido e ajustado, na caminhada conforme as necessidades a fim de obtermos o fluxo das ações em todas as etapas e camadas e compromisso com o objetivo principal: Ética no fazer negócios”.
Recentemente, utilizamos a metodologia para auxiliar os empreendimentos selecionados pelo programa de Aceleração de Negócios da Sociobiodiversidade e o depoimento acima é de Márcia Salgado, uma das empreendedoras beneficiadas, cujo negócio é o Bon’juçara. O projeto como um todo foi idealizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) Brasil, com apoio do Instituto humanize e nossa parceria executiva.
Foram escolhidas 30 iniciativas de atuação direta ou indireta na conservação dos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado no Brasil. Os negócios foram contemplados com três meses de mentoria virtual gratuita em empreendedorismo, gestão de negócios, inovação, sustentabilidade, comunicação e marketing. Confira a seguir, outros depoimentos:
“Já tínhamos conhecimento da aplicação da ferramenta, mas foi muito diferente de preencher com a mentora. Deu outra clareza no negócio”, conta Bruna Romanini de Oliveira, da Ciranda Ecológica.
“Nos fez refletir muito sobre a estrutura organizacional da empresa e em pontos para delimitá-la e melhorá-la, sobretudo no que diz respeito à atuação da equipe, negócio e receita”, disse Thalia Santana, da Biofábrica de Corais.
“O modelo C trouxe melhor gestão para a nossa equipe. Aprimoramos a nossa gestão interna incorporando aprendizados e ferramentas ensinadas durante o programa”, comentou Willian Gomes, do negócio Verde Novo.
“Pela simplicidade da aplicação do Modelo C, ficou mais fácil construir a ideia com os agricultores envolvidos na proposta da Maria Preta”, conta Gabriela Narezi.
Para nós, muita satisfação em ler esses depoimentos e ver a mudança acontecendo! Se quiser saber mais sobre outros projetos os quais atuamos, acesse Projetos e Cases aqui no nosso site.