Foram quase três anos de convivência, lado a lado, para realizar o projeto de equidade de gênero e geração de renda para mulheres de Periquito, Minas Gerais. Essa presença nem sempre foi física. Passamos inclusive pelo desafio da pandemia, que nos fez adaptar muitas atividades para o virtual e contar com a tecnologia para o acompanhar os avanços desse grupo de tapeceiras, artesãs do coletivo Casa do Frufru.
E, na última semana, pudemos celebrar virtualmente o resultado de todos esses meses. Foi um lindo e emocionante encontro! Além da presença das empreendedoras, contamos com a equipe da Fundação Vale, responsável pela idealização do projeto que desenhamos e implantamos; Lizandra Barbuto e Jussara Rocha, coordenadoras de todas as ações pela Raízes; Isabela Braichi, gestora do projeto; Maria Luiza Spolaor, Mazarelo de Miranda e Isabela Lapa, nossas duas consultoras de Design e de Comunicação, respectivamente.
A sessão virtual contou com a exibição de um vídeo de encerramento (que você pode conferir mais abaixo) e com a entrega simbólica de um certificado para cada uma das beneficiadas. Os depoimentos de algumas delas serve para ilustrar três dos inúmeros benefícios de projetos de geração de renda para mulheres. Confira a seguir:
1 – Preço justo pelo trabalho realizado
“O projeto, para mim, eu reconheço como um grande avanço na minha vida, pois graças ao projeto, a gente pode aprender a aperfeiçoar mais nossos trabalhos e caprichar cada vez mais. O projeto tem nos ensinado a grande forma de avançar mais com essa pandemia, de não deixar de vender o nosso produto. E o coletivo tem nos instruído a maneira correta de estar abordando os nossos clientes para que os nossos produtos tenham um valor mais elevado, além daquele que a gente já vendia. Hoje a gente vende os nossos produtos, mas não aceita qualquer suborno. A gente aprendeu a valorizar o nosso trabalho. A gente só pode agradecer. Estamos bem formadas. Como dizem, ‘com a faca e o queijo na mão”, contou Érica Denise.
2 – Conhecimento perene
“O que aprendemos com vocês é algo que ladrão não rouba, ferrugem não corrói nem o tempo apaga. Obrigada a todos”, explicou Rogéria Borges.
3 – Empoderamento feminino
“Eu lembro do dia do nosso Prêmio [Ser Humano*], que nós ganhamos. Aquilo ali para mim é inesquecível! Então, vocês não têm noção como eu amo vocês, como vocês moram no meu coração a partir desse momento que a gente se conheceu. Só tenho a agradecer mesmo”, observou Marina Oliveira.
* O Coletivo foi premiado duas vezes: uma com o Prêmio Ser Humano, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Brasil); outra com o Prêmio Inovação Social das Empresas do Vale do Aço.
Para nós da Raízes fica a saudade, claro – mas a gente dá um jeito por meio do monitoramento do Coletivo Casa do Frufru, mandando sempre uma mensagem e acompanhando as novidades do grupo. O melhor é o gosto de realização pela conquista de cada uma delas. Fica também o agradecimento por poder atuar com a geração de renda para mulheres e empoderar cada vez mais empreendedoras por aí.