Muitas empresas, institutos e departamentos muitas vezes desejam implantar iniciativas sociais, mas não sabem nem por onde começar. E afinal, o que fazer e por quem?
Foi por isso que criamos esse texto. Para clarear as ideias de iniciativas para além de doações – que sim! – também têm o seu valor. Mas quando falamos em projetos, pensamos, “e os impactos que eles proporcionaram? ”
Esses devem reverberar como ondas. Quando falamos em desenvolvimento, sempre nos referimos ao desenvolvimento sustentável. O intuito dessas iniciativas não é enriquecer financeiramente a comunidade para que ela migre para a “cidade grande”. Pelo contrário, é proporcionar qualidade de vida e recursos para ela continuar sendo exatamente o que ela é.
A geração de renda é um dos principais benefícios para um impacto social a longo prazo e está de alguma forma presente em todos as iniciativas. Por isso, selecionamos sugestões que servem como base para desenvolver um projeto de acordo com a região e as necessidades da comunidade.
Turismo comunitário
Esse tipo de iniciativa valoriza a interação com a comunidade, a cultura local, proporciona trocas valiosas entre os viajantes e os anfitriões. A comunidade é a protagonista, e o desenho dos roteiros, recursos e ações possuem sua participação ativa para ser construído.
É claro que nem todo lugar tem potencial ou deve ser explorado para o turismo. Isso dependerá dos atrativos naturais e culturais do território, da infraestrutura disponível e da proximidade com centros emissores, dentre outros fatores, mas, sobretudo, do desejo genuíno e expresso da comunidade em ir por este caminho – como é o caso do roteiro “Do Barro à Arte”.
Valorização do artesanato
Imagine as riquezas e peculiaridades artesanais de uma comunidade ribeirinha do Amazonas. De acessórios pessoais – como brincos, anéis, cocares – a objetos feitos de trama retirada das árvores, são objetos que, daquele jeito, não serão encontrados em lugar nenhum do mundo. Um projeto que valoriza o artesanato quer justamente que essa tradição e originalidade se mantenham. Bem como que os artesãos sejam reconhecidos e se desenvolvam por isso. Veja aqui um exemplo.
Eles podem ser produzidos e vendidos durante um roteiro de turismo comunitário, por exemplo, ou exportados. Mas aqui valoriza-se a produção criativa e não em larga escala, nada industrial.
Formação de empreendedores
Nesse tipo de projeto, a organização colabora para que iniciativas de empreendedores locais surjam, sobrevivam perante as adversidades ou ainda se desenvolvam, em constante crescimento.
O saber nunca é demais. E ações assim fazem com que pessoas, empresas, gestores públicos e sociedade passem a ser mais capazes de responder aos desafios apresentados por novas condições econômicas, com produtos e serviços competitivos para um mercado globalizado. Para ilustrar melhor, confira esse case de Itabira.
Encontros e festivais
Para o caso de uma comunidade que já tem uma gama de empreendedores e/ou que já passou por etapas de formação, é possível dar um passo além e promover Encontros e Festivais. Tais ações valorizam a cultura local, geram renda, movimentam toda a região, criam visibilidade para parcerias e potencializam mais negócios e desenvolvimento. Tudo isso contribui para o fortalecimento de um ativo intangível: a autoestima dos envolvidos. Presenciamos essa sensação especialmente na Sabores do Morro.
De alguma forma, uma está ligada a outra e se complementam. Mas o que faz a diferença é implantar um projeto fazendo com que ele seja sustentável e perene – ou seja, que possa continuar fluindo com seus próprios recursos e que dure para sempre, ou enquanto fizer sentido para os envolvidos, mas não só durante a atuação/patrocínio da empresa. A nossa receita para sustentabilidade dos projetos é bem simples: cocriar com os participantes e os proponentes a solução que mais faz sentido para todos os envolvidos. Vamos?