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“Nada se cria, tudo se copia”, o que o benchmarking tem a ver com isso?

Por 27 de abril de 2017junho 6th, 2017Projetos

Já dizia Chacrinha: “nada se cria, tudo se copia”. Neste caso, ele falava especificamente sobre a televisão. Mas a verdade é que incorporamos e adotamos esse ditado para várias coisas. Não copiamos ao pé da letra, porém somos cercados de referências e inspirações, desde projetos autorais e artísticos, como músicas, por exemplo, a pessoas que nos motivam. E por que seria diferente no mundo corporativo? Estamos falando de benchmarking!

Segundo a Endevour o benchmarking “é uma das mais relevantes estratégias para aumentar sua eficiência. Em tradução livre, pode ser traduzido como “ponto de referência”. Trata-se um minucioso processo de pesquisa que permite aos gestores compararem produtos, práticas empresariais, serviços ou metodologias usadas pelos rivais, absorvendo algumas características para alçarem um nível de superioridade gerencial ou operacional”.

Em outras palavras é pesquisar, analisar e filtrar de seus concorrentes/negócios correlatos estratégias úteis, transformando-as em ações potenciais para o seu próprio negócio.

Como funciona o processo?

Cada caso é um caso, e aqui na Raízes nos adaptamos de acordo com o cliente e seus objetivos específicos. Para ilustrar, entre 2014 e 2015, a Toyota identificou a necessidade de conhecer profundamente as boas práticas socioambientais para subsidiar a elaboração das suas próximas metas de sustentabilidade. Assim, considerou importante conhecer melhor as práticas do mercado, absorver as boas práticas e inovar na sua adaptação e aplicabilidade.

Foi então que a Raízes desenvolveu estudos e levantamentos que resultaram em cinco volumes, incluindo relatório técnico e apresentações. Os temas foram desde “tendências e recomendações” a “Prêmios Socioambientais”, passando por um cenário da “Indústria automobilística e montadoras do Brasil” a “Toyotas no mundo”. Assim, dando um panorama de boas práticas para a multinacional atuar em território brasileiro.

No estudo, além da apresentação das tendências até 2050, foram apresentados estudos de caso, demonstrando as iniciativas de referência no setor.

Em outro caso, levamos um grupo para visitar o roteiro “Do Barro à Arte”, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Iniciado pela Raízes em 2012, o projeto de turismo comunitário leva um número limitado de pessoas para conhecer a região e serem recebidos pelas artesãs-anfitriãs. Além de valorizar os trabalhos criativos feitos do barro colhido na região, a geração de renda é por meio de serviços como hospedagem, alimentação, workshops e curadoria.

O grupo era formado por pessoas da comunidade do Vale das Conquistas, em Brumadinho, também no território mineiro. Eles foram selecionados por um projeto de investimento social da antiga Anglo Ferrous que previa desenvolver uma iniciativa similar a das mulheres do Vale do Jequi, mas valorizando as características específicas da região. Ficou a cargo da Raízes viabilizar a visitação, organizar a experiência e fornecer informações para que eles pudessem aplicar depois.

E por que o benchmarking é tão importante?

Acreditamos muito que sempre temos a aprender. Tanto com projetos passados, quanto com a concorrência e, sobretudo, com os projetos/negócios referências do mercado. Absorver o máximo de informações e retirar ideias buscando a melhoria de seus próprios processos faz toda a diferença.  Resgatando a tropicália, trata-se de antropofagicamente absorver as qualidades dos externos ao devorá-los, mas deglutir e regurgitar algo totalmente novo e próprio.