Viajar e ainda fazer o bem parece duplamente maravilhoso, não é mesmo? E é! Essa prática existe sim e se chama volunturismo. Muitos países já são referência nessa modalidade como os que ficam no continente africano: Moçambique, Tanzânia, Quênia e África do Sul. Talvez você inclusive já soubesse disso, mas só não sabia como se chamava.
Um estudo recente feito pela Edelman Brasil com a Panrotas mostrou que 10 milhões de viajantes já são adeptos da modalidade. O número deve dobrar até 2020. O nicho movimenta cerca de R$ 550 milhões em todo o mundo.
Mas fica o aviso: volunturismo não é o mesmo que tirar férias
Só é importante lembrar que diferente de tirar férias, quando você pode ter liberdade para fazer seus horários, seguir ou se adaptar a um roteiro pré-determinado por uma agência de viagens, o volunturismo exige comprometimento e ações a serem feitas de acordo com o objetivo do projeto.
Para além do que você gosta de fazer, é importante “colocar na mala” suas habilidades e muita disposição. É essencial verificar a compatibilidade entre o perfil do voluntário e o trabalho no destino para que o projeto e a viagem sejam um sucesso! Veja aqui mais dicas de como ser um volunturista ético!
Para fazer voluntariado fora do país, o site Voluntourism.org é um bom começo! Se você quer visitar iniciativas e conhecer projetos incríveis, mas não está tão disposto assim a colocar a mão na massa, escolha seu destino pela plataforma Visit.org
No Brasil essa atividade ainda é bem incipiente, mas o site consumo colaborativo fez um levantamento de agências que mediam essa experiência. Na Raízes a gente decidiu juntar a nossa experiência com viagens (você sabia que a Vivejar é uma spin-off da Raízes?) com nosso projeto próprio de empoderamento feminino e, em breve, voluntárias poderão participar 🙂
Dona do Meu Fluxo 2019
Em 2019, a Raízes vai abrir um edital para o Dona do Meu Fluxo na Amazônia. [Leia aqui notícias relacionadas ao projeto]. Vamos selecionar mulheres, de diferentes áreas, para atuar no suporte à realização de workshops sobre empoderamento feminino. A agenda inclui a organização das palestras, acompanhamento nas atividades, distribuição dos coletores menstruais doados e visita às comunidades, etc.
No início do próximo ano, divulgaremos o edital, custos e mais detalhes sobre essa linda iniciativa em parceria com a Korui. Essa será a terceira vez que o projeto acontece. O intuito é disseminar conhecimento sobre o uso do coletor menstrual, empoderamento feminino sobre o próprio corpo. Isso inclui questões sobre sexualidade, para mulheres ribeirinhas. O território de 2019 será a Amazônia, com foco nas comunidades ribeirinhas do Pará, expandindo o trabalho que foi iniciado este ano.
O lançamento do edital está previsto para fevereiro. Acompanhe nossas redes para saber mais e, antes disso, aproveite para ver os vídeos das edições anteriores. Dezenas de mulheres foram impactadas diretamente, inclusive nós mesmas.