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Turismo se faz com alianças

Por 20 de setembro de 2022novembro 3rd, 2022Notícias, Turismo

Colaboração é sempre importante, porque somos seres interdependentes. Mas o turismo, em particular, só se faz com alianças – neste setor colaboração é mais que relevante, é fundamental. Um destino turístico vai muito além do papel de um único empreendimento, do poder público ou de uma comunidade, justamente porque é impossível fazer desenvolvimento turístico de forma isolada.  

Se um negócio ou iniciativa acredita que vai ser bem-sucedido sozinho, provavelmente está nadando contra a maré. Isto porque, para um destino conseguir trazer um público de distâncias maiores e gerar permanência, o caminho está no trabalho em rede. É preciso que existam parcerias e alianças, para que o fortalecimento aconteça com base no apoio mútuo.  

 

Governança turística pelo Brasil 

Um conjunto de municípios direcionando seus esforços de forma sinérgica para atração de visitantes formam um cluster. Para tanto, essas cidades e localidades devem estar concentradas na mesma região geográfica e estabelecer entre si relações dentro da cadeia produtiva do turismo.  

Esses clusters são representados no Brasil de diversas formas, são elas: os circuitos, as rotas, os polos turísticos, entre outros. Aqui na Raízes, nós temos uma vasta experiência nesse tipo de atuação, porque já operamos em todos os circuitos mineiros no projeto de correção dos inventários e apoiamos o desenvolvimento dos polos de turismo do Maranhão. 

Para além dessas instâncias de governança regional, também existem os COMTURs (Conselhos Municipais de Turismo), os CVBs (Convention & Visitors Bureau) e outras instâncias de governança locais.   

Somados a estes, existem ainda as entidades de classe, como por exemplo, a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA), Braztoa (operadoras de viagem), BLTA (turismo de luxo), ABIH (hotéis), ABRASEL (restaurantes), entre outras. Há, ainda, os coletivos, como o Coletivo Brasileiro pelo Turismo Responsável (Muda!), e a Rede Brasileira de Turismo Solidário e Comunitário (Turisol) dos quais fazemos parte. 

Citamos todos esses diferentes formatos de governança turística para mostrar o quanto é importante que existam associações em redes e também trocas entre elas. A colaboração é uma forma de alcançar sinergia e maiores realizações. 

 

O turismo se faz com alianças 

A nossa mais recente associação é à Futuri, uma aliança que surgiu liderada pela Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) no extremo sul da Bahia. Nos aproximamos por conta do Projeto de Mentorias de Negócios para o Programa Turismo + Sustentável, realizado com apoio da WWF Brasil e execução da Raízes.  

As cidades contempladas ficam no extremo Sul da Bahia, mais especificamente no Território Abrolhos Terra e Mar, que abrange os municípios de Alcobaça, Belmonte, Canavieiras, Caravelas, Nova Viçosa, Porto Seguro, Prado, Santa Cruz de Cabrália e Una, sendo uma região de grande importância biológica, marinha e terrestre. As fontes de geração de renda são o turismo e a pesca, atividades totalmente dependentes da natureza, por isso a importância da sustentabilidade. 

Por conta disso, a Futuri vem para manter o desenvolvimento de um turismo baseado em práticas mais sustentáveis e regenerativas, respeitando e fortalecendo a natureza, a cultura e a economia local, sempre com foco nas pessoas. A Raízes é uma parceira aliada, porque acredita na força do coletivo para buscar apoios e na importância de que esse território, detentor de grande sociobiodiversidade, seja um exemplo de sustentabilidade pela via do turismo 

Apoiamos essa iniciativa porque acreditamos, de verdade, que o turismo sustentável se faz com alianças.   

E você, tem se aliado a quais causas? 

 

Por Mariana Madureira, diretora da Raízes Desenvolvimento Sustentável