A experiência de quem visita uma realidade totalmente diferente de tudo o que já vivenciou é com certeza uma boa razão para praticar o turismo solidário. Tal estilo de viagem traz aos turistas uma verdadeira imersão na arte e cultura popular, como é o caso do roteiro do Barro à Arte, que abrange especialmente a região do Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais.
O projeto surgiu para impulsionar o desenvolvimento e desmistificar a fama local em ser “região deprimida” por conta dos índices de pobreza, desnutrição, mortalidade, analfabetismo e desemprego. Acima disso são inúmeras as riquezas do subsolo, os recursos minerais, o patrimônio histórico-cultural, referência para Minas Gerais e para o Brasil, a fortaleza de seu artesanato diversificado e das mulheres que vivem ali, as comidas tipicamente preparadas, e seus potenciais atrativos turísticos.
Conhecer a região favorece a população local, melhora a infraestrutura socioeconômica e agrega novo valor às comunidades. Mas também, em seis dias, traz ao turista a oportunidade de conhecer um universo totalmente diferente: “morar” na casa de uma família da região, aprender a mexer a argila com as artesãs locais e se desprender da paranoia tecnológica – já que lá sinal de celular é escasso.
“O turismo solidário traz na sua essência a base para o desenvolvimento humano: o olhar o outro, a empatia e o acolhimento”, define Mariana Madureira. “Nos conectamos com valores genuínos, afetos verdadeiros e enxergamos o mundo de forma mais generosa”, completa Jussara Rocha. Ambas são sócias da empresa Raízes Desenvolvimento Sustentável, que promove o roteiro turístico.
A experiência, exclusiva e limitada para um grupo de até 12 pessoas, traz para os dois lados (visitantes e anfitriões) uma compreensão mais ampla daquilo que têm em comum em detrimento das características que os diferem.
A Raízes Desenvolvimento Sustentável é uma empresa de impacto positivo que desenvolve projetos nas áreas do turismo, geração de renda e estratégias para entidades sem fins lucrativos, tendo a sustentabilidade como premissa e a criação coletiva como técnica.