“Não existe lugar por causa da idade. Existe um lugar para todo mundo. É um lugar de escolhas, é o lugar do acolhimento e onde a gente está aberto para interagir e criar uma inteligência que resulta em soluções melhores para o mundo. A inteligência intergeracional está aí nessa soma de habilidades diferentes, nessa soma de perfis, nessa soma de características. Está no respeito”, Jussara Rocha
Vivemos um tempo em que os preconceitos são intolerados. Um tempo que exige inclusão. Um tempo que, aos poucos, tenta mudar, melhorar, evoluir com essas questões. Expor, opinar, não se calar. Ao mesmo tempo, vivemos uma era cheia de classificações. Quando falamos em idade, “Geração X”, “Geração Y”, “Millennials”… Mas alguém reflete e aborda a riqueza da troca intergeracional?
Cada uma dessas nomenclaturas e definições de perfis traz uma série de características. Mas nunca ou muito pouco se fala sobre a importância da integração desses perfis e dessas características pessoais que estão ligadas aos fatores cronológicos. Jovens e maduros num processo de sinergia, de inteligência criativa. Num processo de soma de experiências com força e vitalidade.
A Raízes é um exemplo de sucesso nesse sentido. Jussara Rocha, uma das sócias, tem quase o dobro da idade de sua sócia e uma das co-fundadoras do negócio social, a Mariana Madureira. Ela conta que sua escolha de integrar a equipe da Raízes foi muito consciente.
“Eu galguei a minha vida inteira com projetos muito grandes, com experiências nacionais, internacionais, com casos de sucesso. Transitei do [setor] privado para o público, fui Secretária de Cultura de um Município, fui Superintendente de Políticas de Turismo do Estado de Minas Gerais. Trabalhei em muitos projetos de envergadura potente (…) Quando elas [as co-fundadores Mariana e Marianne Costa] me convidaram pra integrar o quadro da Raízes, eu aceitei assim na mesma hora por quê? Porque a tal maturidade te possibilita escolher com consciência e com propósito”.
Acontece que esse é um caso de inclusão e inteligência intergeracional que nem sempre está presente em nossas relações, especialmente em ambientes profissionais. Há muito preconceito velado tanto para os mais jovens – que convivem com aquele conceito de que são sempre pessoas inovadoras, tecnológicas, que veem o mundo diferente – como e pessoas maduras – que são vistas como limitadas a recursos, especialmente tecnológicos, e desempenho.
Mas a mudança cabe a nós, começando por falar sobre isso. Aqui na Raízes valorizamos a troca de experiência. Procuramos somar, nunca dividir. Somos um negócio social que busca oferecer acolhimento e mantém essa premissa em todos os seus projetos. Temos colaboradores, parceiros, clientes, dos 20, 30, 40, 50, 60 anos de idade… E enxergamos todos como luzes individuais, que juntas, podem transformar o mundo com sua potência!
E você, como é a sua relação de troca com pessoas de outras faixas etárias?