Demos início a esta semana com uma data importantíssima: o Dia Internacional da Higiene Menstrual, que aconteceu ontem, domingo, 28 de maio. O marco foi criado com o objetivo de quebrar o tabu e o silêncio em relação à educação menstrual, idealizado pela ONG WASH United. Mas no calendário universal é também o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e, na verdade, um tema está diretamente ligado ao outro, uma vez que a dignidade durante a menstruação é questão de saúde e direitos humanos.
Já contamos que a Raízes se uniu à Korui Ciclos da Vida para criar o Dona do Meu Fluxo com o objetivo de empoderar mulheres e promover ambientes de troca diversos e ricos. Nas oficinas, além de tratar sobre os tabus da menstruação, o corpo feminino, informações sobre saúde feminina e autoestima, são doados coletores menstruais. Por serem ecológicos, econômicos, práticos, saudáveis – e sobretudo proporcionar uma nova relação das mulheres com o próprio corpo –, consideramos o copinho um símbolo da nossa pequena revolução…
Mas neste mês de maio (mundialmente conhecido como mês da visibilidade menstrual), nossa rede ficou ainda maior. Realizamos duas oficinas na Ilha de Boipeba, na Bahia, e outra em Belém, no Pará. Para além das 23 voluntárias e 4,5 mil beneficiadas, assinamos um manifesto junto de outras organizações que estão na causa. O posicionamento coletivo promovido pelo Instituto Rebbú tem a intenção de mostrar que ainda há muito o que se fazer pela dignidade menstrual. O tema é abrangente e complexo, não envolvendo apenas a distribuição de absorventes, mas principalmente a educação menstrual. Leia e assine aqui você também!
Por que lutar pela higiene menstrual é importante?
“Dignidade Menstrual é Direito Humano reconhecido pela ONU e colocar este tema em pauta é garantir saúde e apoiar a equidade de gênero em todos os espaços. É preciso falar sobre a menstruação e sobre a importância de se ter condições dignas de se lidar com ela. Hoje, dia 28 de maio, celebramos a luta em prol deste tema e podemos fazer algumas reflexões sobre como apoiar esta causa na prática”.
O trecho acima faz parte do artigo “Por que lutar pela dignidade menstrual é importante ainda hoje?”, assinado pela gestora do Projeto Dona do Meu Fluxo, Tauana Costa, e recém-publicado na Coluna Ecoa do portal de notícias UOL. Sugerimos a leitura e reflexão, mais do que tudo, a prática. Há maneiras relativamente simples de contribuir, a começar por, sempre que possível, quebrar o tabu, falar MENS-TRU-A-ÇÃO em alto e bom som – coisa que mesmo as pessoas que não menstruam também podem fazer.
