Para começar não existe uma resposta definitiva para essa pergunta. Na verdade, são muitas as razões pelas quais hoje contamos com apenas mulheres em nossa equipe. E de forma alguma estamos dizendo que os homens são menos capazes, muito pelo contrário! Inclusive Matheus e Gabriel, que já passaram por aqui, podem dizer isso. Mas essa é mesmo uma curiosidade de nossa trajetória: sempre acabamos nos identificando e caindo nesse ciclo feminino.
Estudos recentes apontam que as mulheres têm, como gestoras, mais sabedoria emocional. Isso é: lidam melhor com autoconhecimento, empatia, gestão de conflitos, adaptabilidade e orientação para resultados. Quem diz isso é o Hay Group, divisão da consultoria Korn Ferry, depois de conversar com mais de 50 mil profissionais de 90 países. Vai ver que é por essas características, já que atuamos com desenvolvimento local, articulando entre empresas e comunidades, que encontramos nas mulheres os perfis dos quais o nosso negócio social precisa.
E por que tocamos nesse assunto?
Além de março ser o mês internacionalmente dedicado às mulheres, mais duas delas passaram a integrar o nosso time recentemente. Uma delas, a reintegrar, na verdade. Pois a turismóloga Tauana Costa já foi estagiária da Raízes, isso lá em 2009, e agora volta como consultora para apoiar nossa gestão, captação e realização de projetos. Marina Camargo é, por sua vez, graduanda em Engenharia Ambiental pela USP e nossa nova estagiária.
Juntas com as outras turismólogas, historiadoras, consultoras e articuladoras locais, a gente entrega o que enxergamos como ideal para cada cliente – desde o desenho à implementação de um projeto.
Para Tauana, “isso traz uma forma diferente de olhar para as situações e de propor soluções. Isso nos dá empatia pelas mulheres que estão na ponta e que são atendidas pelos projetos e nos faz operar por uma outra lógica quando pensamos em desenvolvimento local. Trabalhar com um time unicamente feminino é sentir a força de mulheres poderosas que para mim são exemplo e inspiração diária para seguir em frente”.
Marina, por sua vez, diz que se sente acolhida. “Me sinto privilegiada por poder conviver todos os dias com mulheres incríveis que são uma inspiração para mim”, conta.
E com certeza somos inspiração umas às outras. Pois a nossa troca é diária, e uma apoia, complementa e dá suporte à outra. Como um grande alicerce. E assim, fortalecidas, podemos transmitir o nosso conhecimento e até mesmo a nossa força para mulheres Brasil e mundo afora. Onde há empoderamento, sequer há espaço para competição, pois se for para subir em algo, que sejam sempre os grandes obstáculos que vamos escalar e superar juntas!