Tecnologia e mobilização local foram aliadas para fazer acontecer a 4ª edição do Dona do Meu Fluxo (DMF), que doa coletores menstruais para mulheres por todo o território brasileiro. Desta vez, os “copinhos” chegaram às mulheres indígenas do Xingu, numa ação em parceria com as idealizadoras do projeto – Raízes DS e Korui -, Bela Gil e Watatakalu Yawalapiti, Coordenadora da ATIX MULHER e membro do Movimento Mulheres do Xingu.
“A reação foi maravilhosa! É claro, teve alguns comentários assim, das mais velhas falando: ‘nossa, o que que é isso?’ É porque a gente palestrou pra homens também num primeiro momento. Eu palestrei para homens e todos eles ficaram de cabeça baixa. E eu contando, fiz eles pegarem no coletor. Mas foi uma repercussão muito linda, porque eles trouxeram essa questão, eles ajudaram a explicar [para as mulheres] porque o coletor é melhor: por causa do lixo; que é mais prático…”, disse Watatakalu.
Uma versão diferente
As doações começaram no final de outubro e seguem sendo feitas para diferentes etnias dentro do território do Xingu, respeitando o tempo e a receptividade de cada uma. O evento era pra ser presencial como a edição amazônica do ano anterior, com a participação de volunturistas. Desta vez, o Dona do Meu Fluxo contaria ainda com a visita da Bela Gil e de parte da equipe das empresas idealizadoras, mas cedeu lugar à uma alternativa mais segura para todos por conta da pandemia pelo novo coronavírus.
Luisa Cardoso e Mariana Madureira, fundadoras da Korui e da Raízes, respectivamente, gravaram um vídeo-workshop, explicando sobre os benefícios do coletor, como usá-lo, além de questões como sororidade. A gravação contou ainda com participação da Bela, que, meses antes, teve a oportunidade de conhecer Watatakalu pessoalmente para o seu programa Refazenda. Confira a seguir.
Com essa ação, já foram mais de 2,5 mil mulheres beneficiadas pelo Dona do Meu Fluxo desde o seu surgimento, em 2017. Acompanhe as novidades pelo Instagram do projeto!
