Novembro está chegando e com ele a, por muitos, tão esperada Black Friday. O termo (e a prática) surgiu nos Estados Unidos e logo foi exportado para outros países, incluindo o Brasil, como mais uma ação promocional realizada por lojistas com o intuito de aquecer o consumo e a venda de mercadorias, especialmente com a chegada do fim de ano. E por mais que os preços baixos sejam tentadores, você já parou para pensar no custo que isso traz para o meio ambiente?
As compras online parecem inofensivas – e ficam ainda mais tentadoras quando vem casadas do tão amado frete “grátis”. Mas vamos pensar um pouco: será que nada ou ninguém paga essa conta? No que isso implica ao nosso planeta, por exemplo, na quantidade de carbono que é liberado nas ferramentas utilizadas para extrair a matéria prima, nas máquinas utilizadas para fazer o nosso produto e em todo o transporte durante e depois da fabricação?
Então, vamos entender um pouco mais do consumo em excesso e como podemos fazer nossa parte através de um consumo mais consciente.
Males do consumo em excesso
Para a Deutsche Welle (DW) Brasil, emissora internacional alemã, o consumo em excesso tem um enorme impacto ambiental, não apenas em termos de poluição e no esgotamento dos recursos naturais para criar o que compramos, mas também em termos de carbono liberado no transporte. O setor de transporte responde atualmente por até 4% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE mundiais). Já as emissões da indústria marítima global sozinhas podem aumentar até 17% até 2050.
Falamos recentemente aqui sobre compensação da pegada de carbono, e seguimos com o olhar para o nosso Comitê de Meio Ambiente da Raízes, que está empenhado em garantir que os nossos processos sejam aprimorados e menos impactantes ao meio ambiente. Muito precisa ser feito individual e coletivamente, por isso convidamos a reflexão: pensar a respeito já é um bom primeiro passo.
É sempre bom a gente lembrar que o problema não está em comprar algo que você realmente necessite, que sonhou e trabalhou tanto em conseguir obter, mas sim no oposto disso. Muitas dessas ações de promoção nos levam a comprar determinadas coisas que não precisamos, mas que acabam nos seduzindo pela “baixa nos preços”. O maior problema é decorrente dos hábitos da sociedade em relação ao consumismo desenfreado e a geração de resíduos a partir desse consumo imprudente e que não visualiza a possibilidade do fim dos recursos naturais.
Segundo a BBC, “o sucesso da Black Friday é um símbolo do êxito do consumismo como forma de vida na sociedade atual, onde consumimos, substituímos e descartamos num ritmo cada vez maior e, portanto, insustentável para o nosso meio ambiente”.
Você já ouviu falar sobre obsolescência programada? Esse termo é utilizado para falar sobre mercadorias que são previamente feitas para durarem pouco e assim serem rapidamente descartadas. Isso faz com que o consumidor compre um novo produto mais rápido do que realmente era necessário, aumentando não só o consumo, mas também a demanda por recursos naturais e a produção de lixo, elevando ainda mais a problemática ambiental decorrente desse processo.
Esse ciclo vicioso faz com que nós exploremos os recursos renováveis mais rápido do que o planeta consegue renová-los, além de acabar de vez com os recursos não renováveis.
Então, o que devemos fazer para consumir responsavelmente?
Investir no consumo responsável é o ponto chave da questão, seja em eletrodomésticos que tornam o cotidiano mais prático, nos alimentos variados e com embalagens criativas, úteis e reutilizáveis ou em um carro confortável e com baixa emissão de carbono. Dê prioridade ao consumo de pequenos empreendedores locais, use produtos duradouros e/ou recicláveis, descarte corretamente seus resíduos sólidos e esteja sempre atento a sua compensação de CO2.
Segundo o MeuResíduo, empresa de gestão de resíduos focada em governança de dados e indicadores ESG, “para evitar um colapso dos recursos naturais, é necessário avaliar e repensar nossos hábitos de consumo no âmbito pessoal e empresarial, além de adotar uma postura responsável, de forma que possamos viver de acordo com a capacidade ecológica do Planeta”.
A Raízes DS, além de ser uma empresa B, apoia iniciativas de pequenos empreendedores e negócios que favorecem a sustentabilidade da sociobiodiversidade. Aproveite e acesse a nossa Vitrine para saber mais de quem já passou por aqui.
Por aqui, acreditamos que se quisermos continuar avançando como humanidade, devemos contribuir não só para a conservação e preservação, mas também com a restauração das riquezas naturais.