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Como gerar uma economia sustentável e mais justa

Para falar sobre economia sustentável hoje vamos saber um pouco mais da realidade de cooperativas de agroextrativismo e agricultura familiar e os desafios que têm em comum. Para isso, convidamos porta-vozes de duas delas: a Cooperativa Ecoagroextrativista Aroeira de Piaçabuçu (Coopearp) e a Cooperativa de Agricultores Familiares (Coopercuc), que atuam em Alagoas e na Bahia, respectivamente. 

Mas para começar, vamos à definição de cooperativa, que segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), “é uma sociedade de natureza civil, formada por no mínimo 20 pessoas, gerida de forma democrática e participativa, com objetivos econômicos e sociais comuns”. Os próprios associados, seus líderes e representantes têm total responsabilidade pela gestão e fiscalização da cooperativa.

Para Jorge Izidro, diretor técnico da Coopearp, “o cooperativismo é uma forma, hoje, muito importante para promover e ajudar a conservar a sociobiodiversidade, principalmente cooperativas do agroextrativismo, agriculturas voltadas para comunidades tradicionais e estrutura familiar”.

Um panorama brasileiro

Ainda de acordo com o Sebrae, existem aproximadamente  4,9 mil cooperativas registradas na Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), congregando mais de 17 milhões de cooperados e 455 mil pessoas empregadas. Apenas no ramo das cooperativas agropecuárias, o faturamento fica em torno dos R$239 bilhões/ano, ou cerca de 26,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

Por serem organizações sem fins lucrativos, as cooperativas funcionam de forma diferente de empresas tradicionais graças ao seu status econômico. O intuito é oferecer serviços e produtos para seus cooperados com mais vantagens do que poderiam encontrar no mercado.

Ainda assim, os desafios são muitos.  “A questão da comercialização é um dos grandes entraves de qualquer negócio, e principalmente na Cooperarp, que trabalha com produtos da sociobiodiversidade. São produtos diferenciados,  que preservam o meio ambiente, as comunidades tradicionais e a gente precisa na realidade ter capital de giro para tocar esse comércio para que a cooperativa seja competitiva e os recursos cheguem na verdadeira base”, conta Jorge.

Ferramentas para a economia sustentável  

A cooperativa da qual Jorge faz parte atua com agroextrativismo sustentável e com turismo ecológico e foi fundada há dois anos por meio da Associação Aroeira, com o intuito de fazer e apoiar a comercialização dos produtos da região da foz do Rio São Francisco. Em 2022, a Raízes Desenvolvimento Sustentável pôde contribuir com o grupo por meio do Projeto de Aceleração de Negócios da Sociobiodiversidade, com foco na economia sustentável no Cerrado e na Mata Atlântica.

Foi uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil), com apoio do Instituto humanize e nossa parceria executiva, que selecionou 30 negócios para receberem mentorias coletivas, individuais, e assessorias específicas.

Jorge compartilha que com o processo a cooperativa conseguiu fazer novas parcerias e está passando por um processo de aceleração de negócios florestais pela WRI Brasil, fortalecendo assim a produção de mudas, o reflorestamento e, por consequência, a fabricação dos produtos.

“Eu espero que o Pnud, através de vocês, financie novas acelerações, novas capacitações. E que nessas capacitações venham capital de giro para a gente tocar o negócio cooperativista”, finaliza ele. 

Como eu posso contribuir para a economia sustentável?

Para Jussara Dantas, o desafio é em áreas como recursos para capital de giro e financiamento, infraestrutura. Licenciada em Geografia pela Universidade Estadual da Bahia (UFBA), ela é uma das sócias fundadoras e gerente de projetos da Coopercuc, que se dedica à agricultura sustentável e ao beneficiamento de frutas nativas da Caatinga, como umbu e maracujá do mato, além de outras frutas cultivadas na região. A cooperativa tem 70% de sua estrutura feita por mulheres e conta com os conhecimentos delas, que são passados de geração em geração.

O negócio se expandiu por meio de políticas públicas e investimentos. O que antes tinha atuação regional na caatinga baiana viajou o mundo chegando na França, Itália e Áustria.  Hoje a Coopercuc trabalha com geleias, sucos e polpas, doces e compotas, além de cervejas, cachaças e licores, entre tantos outros produtos dentro do mercado nacional e internacional.

E pessoas físicas bem como empresas podem contribuir com uma economia sustentável e mais justa, viabilizando que os negócios coletivos de Jorge e de Jussara continuem existindo e obtendo sucesso. Mais do que isso é possível obter rentabilidade com eles. Você sabia?

Plataforma Empréstimo Coletivo, da Sitawi

A Coopercuc, por exemplo, é uma das beneficiadas pela Plataforma de Empréstimo Coletivo, uma idealização da Sitawi, pioneira em investimentos para impacto positivo. Criada em 2019, a ferramenta chegou para democratizar o investimento de impacto no Brasil, oferecendo para pessoas físicas a possibilidade de investir em organizações e de fomentar o impacto socioambiental positivo.  

“A iniciativa da Plataforma de Empréstimo Coletivo tem grande importância para a Coopercuc, pois ela pode fornecer uma fonte de financiamento mais acessível, transparente e ágil do que outras opções de empréstimo tradicionais. Além disso, também pode ajudar a criar uma comunidade engajada em torno da cooperativa e de suas atividades.

Os investimentos podem ser direcionados para vários fins dentro da cooperativa, incluindo aquisição de equipamentos, melhoria da infraestrutura, aumento da produção e diversificação dos produtos, desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, expansão do mercado e capacitação dos membros e funcionários. Tudo depende das necessidades e prioridades”, explica Jussara.

De uma maneira fácil, é possível simular ali mesmo o valor do investimento e ter uma estimativa do retorno ao ano. Essa é uma das maneiras de fazer com que o seu dinheiro seja fomentador de uma economia sustentável e mais justa, além de obter retorno financeiro.

Para participar você só precisa: 

1 – Realizar seu cadastro na plataforma. Escolher o negócio e valor que deseja investir e fazer sua pré-reserva.

2 – Depois é só aguardar a aprovação de sua conta e a confirmação da reserva de investimento.

3 – Após a confirmação, carregue sua wallet para que o dinheiro esteja disponível ao seu investimento.

4 – E pronto! Agora é só aguardar o retorno financeiro mensal e enquanto contribui com a causa que deseja.


Incrível, não é mesmo? 

Se você se sensibilizou com a luta dessas mulheres e se interessou pelo retorno de investimento possível, clique no link e corra para contribuir, pois as oportunidades de investimento expiram em breve, dia 30 de setembro.