Re.green: Fazenda Muanza

Período e duração

Outubro a dezembro de 2024

Cliente

Re.green

A re.green é uma empresa brasileira de restauração de florestas tropicais em larga escala que visa restaurar pelo menos 1 milhão de hectares de ecossistemas tropicais ameaçados no Brasil, como a Mata Atlântica e o bioma Amazônico, promovendo a conservação da biodiversidade. Quando novas propriedades são incluídas no portfólio re.green é iniciado o processo de escuta local, objeto desta contratação, feito por terceira parte qualificada. Esse processo é a primeira atividade que a re.green executa numa propriedade, antes de qualquer atividade da operação. De forma que seus resultados orientem a estratégia de implementação local.

A Fazenda Muanza, localizada no Baixo Sul da Bahia, é uma propriedade formada pela unificação gradual de cerca de 50 pequenas terras ao longo das últimas décadas. Situada em uma região de rica biodiversidade e vocação de pequenos produtores. Historicamente conhecida como Fazenda Araguaia ou Fazenda Santa Maria, a propriedade fez parte do desenvolvimento agrícola e social do entorno, contribuindo para a integração entre as comunidades vizinhas e geração de renda com trabalhos sazonais.

Abrangência e localização

Baixo sul da Bahia – Entorno da fazenda Muanza: Gandu e Taperoá/BA

A Raízes Desenvolvimento Sustentável foi contratada para replicar o protocolo interno da re.green e conduzir atividades de campo voltadas à identificação, caracterização e consulta de stakeholders locais, bem como à avaliação de riscos socioambientais relacionados à implementação do projeto na Fazenda Muanza, localizada na mesorregião do Sul Baiano, estado da Bahia, no âmbito do projeto de restauração florestal liderado pela re.green

Impactos positivos

Inicialmente foi aplicada a metodologia da Bola de Neve, método que utiliza cadeias de referência, muito eficaz para estudar determinados grupos difíceis de serem acessados. Esta abordagem consiste em um processo de permanente coleta de informações, que se baseia na rede de relações dos sujeitos abordados, que fornecem ao pesquisador conjunto de novos contatos potenciais até que se alcance um ponto de saturação.

A partir dos contatos obtidos com a Bola de Neve, a metodologia desenvolvida foi uma composição de esforços conjuntos entre Raízes e re.green, visando integrar as etapas de escuta e consulta como passo inicial para otimizar resultados e garantir o cumprimento de prazos. Esse modelo metodológico buscou a interação direta com os atores envolvidos, promovendo uma abordagem participativa que não apenas identifica as demandas locais, mas também já as sensibiliza com a apresentação institucional do projeto.

A partir dos dados e informações coletadas, foi elaborado um mapa de stakeholders, ferramenta visual que permite identificar, entender e categorizar as particularidades de cada parte interessada e orientar as ações estratégicas da entrada da re.green no território. Esta ferramenta favorece um processo estruturado para identificar, analisar e priorizar as partes  interessadas, compreendendo suas necessidades, expectativas e níveis de influência, bem como evidenciar quais pontos precisam de atenção. . Em virtude do grau de profundidade das informações alcançadas nas etapas de escuta e consulta, a forma mais apropriada de analisar as partes interessadas no presente projeto foi o Mapa de Calor.

Para identificação das dependências foi utilizada como referência o conceito de Alto Valor de Conservação (AVC) foi desenvolvido pela primeira vez pelo Forest Stewardship Council (FSC), com foco nas duas dimensões relacionadas ao aspectos social:

  • AAVC 5: Necessidades dos povos locais Áreas que atendem necessidades básicas e vitais para comunidades locais, como de subsistência e de saúde.
  • AAVC 6: Importância Cultural Áreas que apresentem algum atributo de valor cultural de extrema importância, tais como trilhas, locais de orações, igrejas ou cemitérios antigos, sítios arqueológicos e outros.

Principais resultados

A partir de todas as informações reunidas, foi elaborada a Matriz de Riscos, ferramenta de gestão utilizada para identificar, avaliar e priorizar os sinais que podem impactar os objetivos ou a execução de um projeto. Sua estrutura parte de organização em categorias, descrevendo suas causas, os possíveis impactos e as medidas de resposta para cada situação identificada. Essa abordagem sistemática auxilia na antecipação de desafios e no planejamento de ações que minimizem os impactos, ou até mesmo evitam que os riscos se concretizem. Em sua essência, a matriz de riscos integra elementos como a identificação de eventos potencialmente adversos, a análise de suas consequências, a probabilidade de ocorrência e a definição de respostas e planos de contingência.

Estes levantamentos e os instrumentos de análise decorrentes possibilitaram à Raízes  evidenciar para o cliente a importância de compreender as comunidades como parte ativa na construção de soluções inclusivas. O engajamento dessas populações, combinado com o respeito aos valores culturais, sociais e ambientais identificados, pode direcionar o equilíbrio entre as necessidades do projeto e as expectativas locais.

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